É frequente vermos na mídia notícias sobre crises humanitárias, mas pouco se discute sobre o que é crise humanitária.
A fome em alguns países na África, crise dos refugiados, a situação deplorável em que vivem os habitantes de países em guerra.
A crise humanitária, no entanto, está mais perto do que você imagina.
O que é Crise Humanitária?
Região de Brumadinho atingida pela lama, julho de 2020.
A crise humanitária é uma situação de emergência, em que um grupo de pessoas têm suas vidas e sua saúde ameaçados, seja por uma tragédia ambiental, por uma guerra, ou mesmo com o efeito da pobreza.
Nestas situações, são necessários recursos extraordinários para oferecer o que é necessário e básico.
Esta é a chamada assistência emergencial. Na maior parte das vezes, existe mais de uma causa para esta situação.
Numa crise como essas, o indivíduo se vê diante de uma situação extrema, de que ele acredita ser incapaz de sair.
Não há recursos suficientes para a autorrecuperação e isso pode gerar sentimentos de solidão, impotência, tristeza e desespero.
Assim, a desorganização mental se torna mais um agravante da crise.
Muitas vezes, crises como a pandemia de 2020 chegam até regiões já vulneráveis causando grandes impactos.
Por essa razão, e também por se tratar de uma situação de recursos escassos, o tratamento de uma crise humanitária tem que ser adaptativo.
Isso quer dizer que é preciso ter um foco no desenvolvimento do indivíduo, para que ele possa ter mais oportunidades no futuro, o chamado cuidado estrutural.
No NAAÇÃO, abordamos comunidades em situação de crise humanitária desta maneira, focando nosso trabalho na formação de lideranças e no fomento ao microempreendedorismo local.
O que fizemos frente à situações de risco?
Assim, buscamos desenvolver autonomia e contribuir para o crescimento sustentável da comunidade.
Contudo, entendemos também que não é possível fazer nada disso antes que essa população tenha suas necessidades básicas, como moradia, alimentação, vestuário e atendimento psicológico atendidas.
Por isso, em uma primeira abordagem, nossa assistência é emergencial, para começar a trazer a dignidade e a segurança de volta àquelas pessoas que vivenciam a crise humanitária.
Acreditamos que um foco especial na saúde mental é essencial neste momento e que para poder se recuperar social e economicamente é preciso que o indivíduo consiga elaborar e superar a sua dor e criar ferramentas internas para lidar com situações difíceis.
É possível até que, com a ajuda adequada, o atendido lide melhor com uma eventual próxima situação de crise.
Por isso, oferecemos atendimento psicológico gratuito aos atendidos: em Brumadinho, por exemplo, levamos psicólogos até a comunidade e agora, durante a pandemia, oferecemos o atendimento online por meio de solicitações na plataforma AMPARO.
O atendimento estrutural em crise humanitária vai muito além de fornecer alimento e insumos básicos.
Em todas as comunidades atendidas, inicialmente fazemos um mapeamento das necessidades e prestamos uma assistência emergencial, levando mantimentos e atendimento psicológico.
Posteriormente é feito o trabalho de formação de lideranças e capacitação profissional, com uma mentalidade empreendedora e voltada para desenvolver habilidades para o futuro.
Assim, trabalhamos para que os atendidos possam andar com as próprias pernas e prosperar, mesmo depois de terem vivido uma crise humanitária.
Para conhecer mais sobre o NAAÇÃO e nosso trabalho em crise humanitária, nos acompanhe nas redes sociais, ficaremos muito felizes de te ouvir e trabalhar junto com você!
